quinta-feira, 9 de março de 2017

O preconceito e a violência contra a comunidade LGBT no Brasil


O preconceito, em qualquer lugar do mundo, é inevitável. Apoiados em suas crenças e costumes, os seres humanos existem interpretando todos os tipos de situações e pessoas, daí, o que vem a contrariar tais crenças, imediatamente é recusado. Tal interpretação, não deriva preconceito, para se transformar em tal, ela carece de ser compreendida por uma comunidade e permanecer consigo até ser irrefletidamente uma verdade incontestável, sendo este, o preconceito, uma interpretação coletiva e duradoura.





O Brasil é um país onde vive dezoito milhões de homossexuais, um deles é morto a cada 26 horas (dados divulgados pelo Grupo Gay da Bahia), única e exclusivamente por serem o que é. Atualmente, o único auxílio que Governo tem com a comunidade gay é uma união estável, que não dá respaldo a outros direitos como adoção e casamento, e a inconcebível criminalização da homofobia, barrado de maneira estarrecida pela bancada evangélica, presença esmagadora na Câmara dos Deputados, a PLC122, que está a uma década sendo discutida. O que vemos no exterior é uma cena gradativa, cada população tem acesso e domínio àquilo que está preparada para absorver e a ser oferecido. Em pouco mais de meia dúzia de países existem leis que dão o direito mínimo aos homossexuais, em contrapartida, em mais de 80 países, onde se vive 2,7 bilhões de pessoas, a homossexualidade é vista como um crime, 13 destes países a mesma é punida com sentença de morte.


Servir de consolo dá um teor de submissão, que tem que ser substituído pelo substantivo orgulho e empoderamento para tais minorias (sim, os gays, junto com as mulheres, negros, deficientes, pobres, são minoria no nosso país, ofuscado pela maioria majoritária),o que me traz a consciência um caráter lenitivo é que não podemos usar erros, acertos e fatos aceitos no passado para entender o presente, que estamos em pleno processo de transição, e que o amanhã será melhor que hoje.